quinta-feira, 6 de junho de 2013


CULTURA DE BRUMADO
Em Brumado vários eventos e fatos da história antiga e contemporânea vêm sendo disponibilizados pelo Facebook, por meio da página Brumado, o que vem promovendo uma frenesi cibernética de resgate da memória da capital do minério.

No atual contexto, umas das figuras que é considerada um ícone cultural é Dona Dete do Acarajé, conhecida e reconhecida como a baiana mais famosa de Brumado, que recentemente, foi uma das grandes atrações de duas campanhas publicitárias intituladas como:

 

Com o objetivo de Conhecer um pouco mais da vida dessa  figura que é considerada um ícone cultural em nossa cidade,  nós alunos do curso em Licenciatura de História entrevistamos a mesma onde ela falou da sua trajetória e de peculiaridades de sua vida.

1.Para iniciar nos fale um pouco sobre a senhora.

R: Meu nome é Maria Odete, mas popularmente  conhecida como Dete do acarajé.Sou natural de Candeias, uma pessoa alegre, muito feliz porque amo o que faço.

Quando cheguei a brumado comecei vender doce e mingau debaixo  dos pés de amêndoas na Magnesita pois com três filhas pequenas precisava ajudar meu marido com as despesas de casa.

2.Como começou a vender acarajé? Houve incentivo e apoio de alguém?
R:  Tudo começou quando Brumado completou 100 anos de emancipação política e houve uma grande festa em comemoração ao seu aniversário. Uma amiga de Salvador chegou para a festa e me incentivou a colocar uma barraca de acarajé nos dias festivos da cidade.

Eu aceitei com muito entusiasmo e estou no ramo até hoje.Sempre contei com o apoio da minha família que é tudo na minha vida. Tenho três filhas, todas tem curso superior  mas  trabalham também com acarajé.Está no sangue.

3.Há quanto tempo vem encantando os  brumadenses com essa culinária tão famosa?
R: Há 35 anos. Trabalho de domingo a domingo e em todas as festas realizadas na cidade. Nos fins de semana faço promoção em homenagem às crianças, para que os de baixa renda possam deliciar com meu acarajé também.

Eu gosto muito de ajudar as pessoas, toda última quarta- feira do ano levo acarajé para todos os presidiários. Eles ficam felizes e eu mais ainda por estar podendo colaborar com essa felicidade.

4.Hoje a Senhora faz parte da História de Brumado, sendo a baiana mais famosa do município e uma das principais estrelas da Campanha Publicitária intitulada “Eu amo Brumado”. Como a senhora se sente diante do atual contexto e sendo considerada um ícone cultural?

R:Orgulhosa e muito feliz pela valorização. Sou viúva e tiro o sustento da minha casa com meu trabalho, sou uma mulher independente financeiramente e quero que esse trabalho continue pelas minhas filhas quando eu partir desse mundo.

5.Como a senhora vê hoje o    acarajé em nossa cidade?

R: Como uma fonte de renda.Eu sempre digo que o sol nasce para todos. Já coloquei muitas amigas e sobrinhas nesse ramo, sou pioneira em Brumado e nas cidades vizinhas.

6. O que leva a Senhora a continuar trabalhando mesmo depois da família criada?

R=O meu amor pela profissão, eu amo o que faço por isso continuo trabalhando aos 67 anos de idade.Tenho muita energia e não posso ficar parada.Isso aqui é a minha vida, gosto de estar no meio do povo.

Agradecimento de D.Dete:

Eu agradeço a  Brumado e as pessoas que me olham com amor e carinho. Sou uma profissional muito feliz e realizada.Agradeço também a vocês estudantes por lembrarem de mim. Desejo tudo de bom, que tenham muito sucesso.

 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

FOLIA DE REIS



A Folia de Reis é uma tradição católica das mais antigas e genuínas manifestações culturais vêm sendo mantida em brumado por algumas famílias tradicionais. Trata-se de uma tradição Ibérica do período medieval.

A tradição da folia de Reis foi trazida para o Brasil pelos colonizadores e é mantida principalmente no litoral do Brasil e no meio rural. Sendo inspirado na história bíblica dos Três reis Magos. Seguindo uma estrela que surge no céu no dia de seu nascimento, 25 de dezembro, Gaspar, Melchior e Baltazar, saem á procura do menino Jesus, levando presentes (ouro, Mirra e incenso) e chegam a Belém no dia 6 de Janeiro, Dia de Reis.

Adaptado aos folguedos lusitanos, a folia de Reis canta a história durante o mês de dezembro até o dia 6 de janeiro. Os grupos formados por cantores e instrumentistas percorrem as casas do inicio da noite ao amanhecer.

As canções são sempre sobre temas religiosos. Cada grupo, chamado Folia de Reis é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e a tradicional viola caipira e do acordeom, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé de bode.

A apresentação se divide em três partes. Na chegada, saúdam os donos da casa e pedem licença para entrar. No segundo ato, louvam o menino Jesus em frente ao presépio. A cantoria é interrompida quando o dono da casa, seguindo o exemplo dos Reis Magos, presenteia o grupo com bebidas e comidas. A apresentação se encerra com agradecimento e despedida. Segundo a cultura popular quem recebe a Folia de Reis em sua casa é abençoado.

A Bandeira, chamada de “Doutrina”, é feita de pano brilhante. Nela é colada uma estampa dos Reis Magos. Constitui o elemento sagrado da Companhia e assim é tratada: beijam-na respeitosamente os moradores das casas visitadas, é passada com muita fé sobre as camas da residência e nunca pode ser colocada num lugar menos digno. Esse respeito perdura durante o ano todo, mesmo passada a época de Reis: na casa onde fica guardada, há orações periódicas diante dela. No universo cultural de nosso povo, a Bandeira é a representação dos três Reis; por isso, explicam os Mestres, ela deve ir sempre à frente pelos representantes dos pastores que seguiram os Reis Magos.

                       

 

RELIGIOSIDADE

A festa de São Sebastião e Bom Jesus são vista com forma de salvação e padecimento que constitui traços originados da Idade Média, pois os católicos saem em peregrinação, procissão e louvor.
 

INFLUÊNCIA DO PERÍODO MEDIEVAL EM BRUMADO


As feiras surgiram na Idade Medieval com a pretensão de ser um local de relações comerciais, onde mercadores erguiam barracas seus pontos de vendas para comercialização de mercadorias, inicialmente temporárias tornaram-se permanentes e atingindo pleno vapor entre os séculos XII e XIV, devido ao impulso mercantil ocasionado pelas cruzadas.

A feira livre de Brumado tem grandes influências da Idade Medieval, onde mercadores saem da sua localidade para vir comercializar seus produtos. Hoje, as feiras têm diversificado ao máximo possível o seu lastro de comércio, possuindo desde produtos sofisticados até mínimas coisas que a classe mais pobre precisa.




CARNAVAL DA IDADE MÉDIA E O CARNAVAL DE BRUMADO


O Carnaval acabou sendo permitido, para garantir a expansão do Cristianismo durante os últimos séculos de existência do Império Romano e na Idade Média, onde Igreja foi forçada a consentir com a prática de certos costumes pagãos. o que serviu como “válvula de escape” diante das exigências impostas aos medievos no período da Quaresma.

Na Idade Média, o Carnaval passou a ser chamado de “Festa dos Loucos”, pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes pagãos.


 

Em Brumado o carnaval é uma das mais tradicionais festas, que por sua vez, remonta sua genealogia à festa dos loucos. Hoje o carnaval é uma grande festa que envolve o interesse dos políticos, poder, dinheiro e muita liberdade de expressão.

 

   

 

 

 

Caracteristicas de Brumado com o Período Medieval


INTRODUÇÃO

 

Os estudos medievais desde os anos 50 aproximadamente, tem despertado um interesse crescente, conquistando um posto de honra na historiografia, onde têm sido amplamente divulgados no Brasil; mas essa curiosidade já ultrapassou os restritos ambientes acadêmicos.

Esse interesse é bem compreensível, pois falar da Idade Média é de certa forma, falar de nós mesmos, pois representa o longo período de gestação no qual foi criado o mundo moderno: as nações europeias, das quais derivamos, juntamente com suas respectivas línguas e literaturas, é parte do legado medieval. Nosso dia a dia está repleto de inovações surgidas naquela época, como as feiras, o carnaval, a igreja, – que atingiu seu ponto mais elevado nessa época etc. Devemos à Idade Média também a origem dos modernos sistemas de representação política e os fundamentos da mentalidade científica que caracterizam a civilização ocidental.

Fizemos este blog para que possamos compreender que hoje somos mais medievais do que imaginamos. Pois a Idade Média se encontra presente na construção da civilização brasileira.