terça-feira, 6 de março de 2012

RESUMO DO TEXTO LER E ESCREVER NA CULTURA DIGITAL

POSTADO POR: MARILEIDE DOS SANTOS COQUEIRO
No texto “Ler e escrever na cultura digital”, Andrea Cecília Ramal (2000) destaca que nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais: o narrador relatava as experiências passadas a ouvintes que participavam do mesmo contexto comunicacional. A escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana e com ela, mudaram as relações entre o indivíduo e a memória social. A escrita relativiza o papel da memória e funciona no sentido de linearidade. A memória de uma cultura já não cabe apenas no conto: ela é constituída de documentos, vestígios, registros históricos, datas e arquivos. O conhecimento escolar da cultura letrada se estruturou como as páginas de um livro: linear, encadeado e segmentado.
Ramal (2000) disse que a cultura escrita raramente chega sem violência, inclusive porque, devido ao pretígio que os sistemas alfabetizados adquiriram, acaba se designando a cultura oral como inferior. T. Astle escreveu em 1874 que “a mais nobre aquisição da humanidade é a fala, e a arte mais sutil é a escrita; a primeira distingue eminentemente o homem da criatura bruta, e a segunda, dos selvagens sem civilização” (apud Olson, 1997).
A escola costuma limitar a possibilidade de penetrar na experiência do outro, com seus currículos rígidos, fundamentados sobre uma concepção racionalista e linear. A escola tem muito mais de monologismo do que de polifonia. Segundo o lingüista russo Mikhail Bakhtin, uma escola monológica é aquela em que o único sentido sobressai, impedindo os demais de virem à tona. A polifonia é um jogo dramático de vozes “que torna multidimensional a representação e que, sem buscar uma síntese de conjunto, cria uma tensão dialética que configura a arquitetura própria de todo o discurso.
A cibercultura.  Enquanto na era da escrita o mote é construir o futuro, hoje vale é o que ocorre neste momento.
Hipertexto é algo que vai além do texto. Existem vários links que permitem tecer o caminho para outras janelas, conectando algumas expressões com novos textos, longe da linearidade da página. Cada uma das páginas da rede é construída por vários autores, designers, projetistas gráficos, programadores, autores de conteúdo do texto. Cada percurso textual é tecido de maneira original e única pelo leitor cibernético. Com o hipertexto, não existe um único autor e sim um sujeito coletivo, uma reunião e interação.
Professores e alunos precisam conhecer melhor as novas tecnologias para aproveitar os benefícios e facilitar ainda mais o ensino. Com a era digital, os alunos podem lidar com a informação de uma forma  mais proveitosa. A alfabetização iniciava-se com a oralidade, depois a escrita. Hoje os livros passaram a ser distribuídos também no formato eletrônico. A cultura digital propõe uma nova estratégia de alfabetização, que acontece a partir do manuseio das teclas do computador que são apresentadas à criança e ela desde muito cedo vai tendo contatos com variados textos escritos, jogos, fotos, músicas, slides, filmes, vídeos, desenhos, animações e outras ferramentas que dão a ela a possibilidade de multileituras ao mesmo tempo, isto faz com que a criança interaja e conquiste autonomia no seu processo de alfabetização.
Através da cultura digital a sala de aula é transformada em um espaço colaborativo de aprendizagem. A postura do professor deverá possibilitar aos aprendizes desenvolver diversas competências através de atitudes compartilhadas, coletivas e sociais. O momento que ora a sociedade vive está sendo marcada pelo advento de práticas de leitura e escrita digitais.. Agora surge um novo espaço de leitura e escrita - a tela do computador - este novo contexto, esta nova cultura leva o educando não apenas a ser alfabetizado, mas sim, a ser letrado. A escola precisa lidar com esta situação de forma a promover a inserção do aluno nesta nova era, chamada de cibercultura.
O hipertexto é um meio de comunicação online estruturado em rede composta de nós que são cada unidade de informação e ligação tais como: palavras, páginas, imagens ou parte de imagens que oferecem ao "navegador" diferentes trajetos de leitura.Cada site é um hipertexto.. O hipertexto não é linear, não obedece a uma forma, a uma hierarquia interna. É subversivo com relação à postura física do leitor, com relação ao monologismo e na relação entre o leitor e autor.. Não possui margens nem fronteiras por isto é topográfico. A internet favorece a escrita hipertextual com imagens, sons, movimentos e maior facilidade em acessar bancos de informação em formato virtual diferente do. Por todos os benefícios, ferramentas, pluralidade de possibilidades de leitura e escrita pode-se afirmar que as TICs não ameaçam o processo de letramento, e sim, são possibilidades dentre tantas outras de transformar seres humanos em leitores críticos, participativos enfim cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. As tecnologias devem sim ser inseridos na escola, mas de forma gradativa a fim de não causar desconfortos, pois são recursos ainda não acessíveis à maioria da população.

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